Terceira dose pode neutralizar variante Ômicron, entenda

Vacinação drive thru na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), zona norte do Rio. A cidade do Rio de Janeiro retoma hoje (25) sua campanha de aplicação da primeira dose da vacina contra a covid-19 em idosos da população em geral. Hoje serão vacinados os idosos com 82 anos.

Cientistas analisaram as amostras de sangue após um mês da aplicação da terceira dose da vacina e os níveis dos anticorpos permaneceu eficaz contra a cepa

Pesquisadores das instituições francesas Institut Pasteur e Vaccine Research Institute, em colaboração com a Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, afirmaram que a variante Ômicron é capaz de resistir aos anticorpos monoclonais, mas é neutralizada com a aplicação de uma terceira dose.

De acordo com o estudo, os anticorpos monoclonais são aqueles feitos artificialmente para reproduzir a ação dos produzidos pelo corpo humano. Este tipo de organismo de defesa é programado para agir na proteína spike do SARS-CoV-2, prevenindo formas graves da doença.

Nove anticorpos monoclonais já aplicados em prática clínica ou em desenvolvimento foram analisados, seis deles perderam completamente sua eficácia antiviral, enquanto os outros três ficaram de 3 a 80 vezes menos eficazes contra a variante Ômicron do que contra a variante Delta.

Para chegar ao resultado final, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de pessoas vacinadas com duas doses das vacinas da Pfizer e AstraZeneca e acompanharam a reação da variante Ômicron aos anticorpos presentes nestas amostras.

 

Conclui-se que os anticorpos não eram mais capazes de neutralizar a nova cepa após cinco meses da vacinação, a perda de eficácia também foi observada em pessoas que haviam sido infectadas com a Covid-19 nos últimos 12 meses.

Porém, com a aplicação da dose de reforço da Pfizer, os cientistas notaram que houve um aumento significativo na quantidade de anticorpos, sendo suficiente para deter e neutralizar a variante Ômicron.

Para o cientista Olivier Schwartzs, um dos autores do estudo, as vacinas  provavelmente se tornam menos eficazes em oferecer proteção contra a infecção pelo vírus, mas segundo ele, protegem contra formas graves”.

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