Okumoto garante vacina para a segunda dose no DF

Okumoto garante vacina para a segunda dose no DF

 

O secretário da Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, ao fazer o balanço das ações da pasta nesta segunda (26) afirmou que não haverá falta de vacinas e que não está sendo pago nada a mais do que realmente há de média de serviços oferecidos dentro das UTIs.

 

“Considerando todas as complexidades necessárias e relativas, fornecimento de gás, de hemodiálise, de também de serviços prestados por empresas que fazem o hospital funcionar além da especificidade de cada uma das especialidades que ali dentro estão”, complementou o secretário.

Okumoto informou que, no caso do Hospital de Campanha no Mané Garrincha, onde leitos de enfermaria tinha sidos pagos como leitos de Unidade de Terapia Intensiva, pela orientação do Ministério Público uma comissão faz avaliação do que foi pago, porque não foi totalmente pago o contrato.

“Em cima dos dados de pacientes que ficaram internados, então pela avaliação de quanto seria pago por leito ocupado por enfermaria, mais as questões dos equipamentos que ficaram como legado e seus valores, quanto ao que foi utilizado de recursos humanos, quanto o que foi pago, quanto foi utilizado de insumos no período. São vários parâmetros que o Ministério Público cobra para que a Secretaria de Saúde possa fazer a avaliação e então fazer o encontro de contas sobre o que foi pago e o quanto que estava no contrato vigente naquele momento”, esclareceu o secretário.

Segundo Okumoto, o importante é ter, diferentemente do que no contrato atual, antes se tinha por leitos disponíveis, hoje se calcula em cima de pagamentos de diárias. O que é diferente do que vinha acontecendo anteriormente. “A nossa equipe tem essa avaliação e pode estar emitindo para verificar se o GDF ficou devendo ou pagou a mais as questões relativas ao Hospital de Campanha Mané Garrincha.”

Ao responder porque serão pagos os valores de UTI que precisam de mais profissionais em cada leito para contratação de UCIs, Okumoto ressaltou a necessidade de levar em conta a complexidade que tem os leitos que estão colocados nos hospitais de campanha em montagem. Esses três hospitais terão 1.395 profissionais. Dentre esses, serão um enfermeiro rotineiro e um enfermeiro plantonista para 15 leitos. Um médico rotineiro e um plantonista para cada 15 leitos.

“Diferentemente do que as pessoas vêm comentando e trazendo informações confusas para a população, trabalhamos a questão da avaliação do valor dos leitos a serem disponíveis dentro do hospital de campanha. Quando as pessoas pegam os valores de Hospital do Gama e o Hospital de Base, muitas vezes se pega leito de complexidade sem a utilização do quantitativo de pacientes para fazer hemodiálise, sem realização de exames de tomografia e assim por diante”, explicou Okumoto.

De acordo com o secretário da Saúde, na primeira onda, o que acontecia era que praticamente tudo ficava a cargo do estado estar fazendo a oferta de alimentação, de segurança, de limpeza nesses hospitais.

Nos hospitais atuais, terão que contratar todos os serviços necessários para que o hospital esteja em funcionamento. E esses hospitais atuais têm leito de hemodiálise para seus pacientes.  Naquele momento da primeira onda 50% dos casos migrariam para hemodiálise. Na atualidade, se trabalha com a realidade de 80% desses pacientes entubados sendo atendidos com hemodiálise.

 

“Fizemos uma solicitação, dentro do edital da dispensa de licitação que ficou oito dias em disponibilidade para que as empresas apresentassem suas propostas. Depoisi reabrimos para mais dois dias. Ficou dez dias em disponibilidade para que todas as dúvidas fossem retiradas e as empresas pudessem fazer as duas propostas. Pegando dois leitos que tem os valores mais baratos para comparar com um leito de hospital de campanha que tem tomografia computadorizada, hemodiálise para todos os leitos é muito diferente. Se pegar todos os leitos públicos do DF e fizer uma média é essa média que está sendo utilizada.”

“Não estamos pagando nada a mais que realmente a gente tem de média de serviços oferecidos dentro das nossas UTIs, considerando todas as complexidades necessárias e relativas, fornecimento de gás, de hemodiálise, de também de serviços prestados por empresas que fazem o hospital funcionar além da especificidade de cada uma das especialidades que ali dentro estão.”

Secretário da Saúde do DF, Osnei Okumoto

 

Queda no índice de transmissão

Segundo o secretário da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, o índice de transmissão quando antes de entrar na fase aguda da pandemia era 0,83 e chegou a 1,35, 1,38 e ele vem caindo de forma constante. Hoje ele está em 0,83, ou seja, no  mesmo nível que estava antes do início dessa fase mais aguda da pandemia. Trata-se  de um dos dados que embasam a posição do governador Ibaneis Rocha para novas medidas de aberturas, em busca da volta da normalidade.

O DF já chegou a ter 16 mil casos ativos na fase mais aguda e também apresenta queda. Hoje o total nesses casos é de 9.392 casos no DF.  O que segundo, Rocha é uma tendência de que haja diminuição em sequência. No último  dia, foram registrados 938 casos, abaixo de 1 mil casos. Era sempre acima de 1 mil na fase mais aguda.

No tocante à lista de espera de UTI Covid, há nesta segunda 77 pessoas. Estava no patamar de 330 pessoas. Das 77 pessoas, 5,19% são casos de prioridade 1. Segundo dados da SES, há ainda no DF 17 leitos vagos de forma que a lista cairá para 60 pessoas. E esses caos prioridade 1 (5,19%) vão ocupar os leitos que estão vagos.

Para Rocha, 77 é ainda um número alto, não é para ter uma pessoa aguardando UTI, mas a tendência e que num período muito curto seja possível zerar essa lista em função do funcionamento dos hospitais de campanha. A meta é fechar a lista e baixar a taxa de ocupação dos leitos de UTI.

Quanto à fila de espera de  leitos gerais que sermpre foi menor que a lista de espera de Covid, hoje ela é maior. “Temos 77 de leitos Covid e 80 na lista de espera para leitos gerais.”

As condições de estoque de oxigênio e kit intubação continuam com folga. Até domingo, foram fornecidos pela 378.912 metros cúbicos de oxigênio. Em fevereiro o fornecimento foi de 366 mil, e em março passou para 557 mil, e hoje temos mais de 378 mil, lembrando que o contrato é de 3.225.871 metros cúbicos de oxigênio.

Sobre as críticas ao longo da semana da não utilização da segunda dose (D2) no lugar da primeira dose (D1) ao contrário de outros estados estavam usando o subterfúgio. Rocha disse que o DF tem seguido as recomendações do Ministério da Saúde. E a pasta anunciou que os estados que usando D2 no ao invés de D1 cometeram erro grave.

“Estão faltando doses de D2 em muitos estados. O que vem como D2 do Ministério será D2 na Secretaria. Não estamos aplicando D2 no lugar de D1. A segunda dose está assegurada. Por conta disso passamos a exigir a carteira de vacinação. Aqueles que tomaram a primeira dose em outro estado e vierem tomar a segunda dose a Secretaria de Saúde não procederá a vacinação para não quebrar a paridade”, disse Rocha. A decisão foi a mais acertada do secretário Osnei Okumoto, garantindo a aplicação da segunda dose e tranquilizando a população.

Rocha garantiu que o DF não tem problemas com relação a segunda dose. O Ministério da Saúde divulgou possibilidade das doses da CoronaVac e isso vai fazer com que aqueles estados que não asseguraram a D2, vão continuar sem vacinar.

Na primeira dose, pessoas com 80 anos ou mais 123,9% foram vacinados com a primeira dose. Mais gente do que era previsto apareceu para vacinar. De 75 a 79 receberam vacinas 111,2%. Enquanto de 70 a 74 foram vacinadas 99,1%. Com relação à primeira dose. Com 65 a 69 foram vacinados 89,1%. E última faixa etária de 62 a 64 a vacinação foi de 60%. “Está havendo uma procura muito grande pelas vacinas. Neste final de semana não houve questionamento qual vacina era, procuraram os postos e todas foram vacinadas.”

Já com relação à ocupação de leitos nos últimos 30 dias, em relação à aplicação das vacinas, Rocha realçou que o público de 15 a 29 anos houve aumento de internação de 62,5%. De 30 a 39 anos, o aumento foi de 27.3%. Enquanto de 40 a 49 anos foi 18,5%. De 50 a 59 foi de 16%. No caso da faixa de 75 a 79 a queda foi de 26,9% de ocupação e 70 a 74 a queda foi de 13,2%.

Isso significa, segundo Rocha, que a queda de internação de idosos demonstra que as vacinas estão surtindo efeito. Em contrapartida a pandemia continua rejuvenescendo, o que quer dizer que os jovens são cada vez mais infectados.

Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília